Ele não me amou , Part I
Literatura, história, geografia e porque não matemática ? tudo tinha um pouco dele, os textos dos romancistas do século passado, a história da sua cidade, a distancia que os separava, as formulas e a probabilidade de esquece-lo.
Haviam colocado um ponto final naquele romance antigo, romance infantil, ô droga, mas porque esse vazio então ? Inaceitável (ou não )...
ela, apenas uma adolescente , 16 anos e um rosto angelical, não deveria sofrer por um garoto imaturo, que só pensa em curtir a irresponsabilidade e a liberdade juvenil.
Não se sabe porque, ela não quer liberdade, nem outros beijos, a unica coisa que deseja é o seu amor, o garoto do seu primeiro beijo, da sua primeira vez, o seu único namorado.
Não dava mais, joga tudo no chão procura seu casaco e sai.
Decidiu procura-lo, era amor demais para acabar assim...
Caminhou na chuva, as gotas escorriam junto com as lágrimas. Era uma estrada incerta a ser percorrida, sabia onde encontra-lo, mas não tinha certeza se o teria de volta !
Continua.
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E morreria feliz como nunca ninguém morreu . <3
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Te espero.
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Sensações.
Sem abraços, sem beijos, sem toques.
Em uma noite fria sem muitas estrelas, apenas olhares de desprezo e repulsa.
A cada briga, a cada desentendimento o clima ia perdendo aquela magia; as discussões eram intensas e as ofensas só aumentavam.
Como das outras vezes ela acabara chorando , talvez pela falta de palavras, ou talvez pelo que vinha escutando ultimamente.
Suas lágrimas tocavam o chão e ele não se importava mais em tentar acalmá-la. Não a abraçou pedindo lhe para não chorar, como de costume.
E sentindo que o final daquele desentendimento não seria um dos melhores , vira-se e corre em direção a seu quarto , deixando-o sozinho e nervoso na sala de estar. Esconde-se atrás da porta e chora, chora como nunca chorara antes; e em meio a todas aquelas lágrimas e soluços de desespero, ela senti o perfume que tanto a acalmava.
Ele vinha a seu encontro, também com os olhos marejados, agacha-se a sua frente, pega em seu cabelo e a beija.
Sem reação alguma e em silêncio, corresponde o mesmo ; já que era isso que mais desejara naquele instante .
A mágica dos seus beijos, era muito maior que a força das suas palavras.
O silencio acalma lhe o peito, e entrega-se a ele , mesmo depois de tudo que ouvira aquela noite ; a tentação toma lhe o corpo , e em meio a tanta dor, a tantas diferenças o amor cala-se e deixa que o prazer fale um pouco mais alto.
Para quem sabe assim, as diferenças tornem-se apenas um detalhe em meio a tantas sensações.
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Só as vezes.
As vezes eu me perco e choro, sem motivo algum.
As vezes eu riu, te abraço te beijo te amo.
As vezes te odeio, te bato, te arranho.
As eu grito, me calo.
Não me entendo, não te entendo.
Te largo,
te busco,
te abraço,
te chuto.
As vezes sou a mais incerta, a mais covarde das mulheres.
As vezes, só as vezes.
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Não era muito tarde, porém a lua já estava no céu, a espera estávamos nós espectadores ansiosos para presenciar o mais mágico de todos os acontecimentos naturais existentes, o eclipse.
Na praia do Arpoador, zona Sul do Rio, havia todos os tipos de pessoas, de todas as idades, etnias e religiões; éramos todos iguais naquele momento, a vontade de presenciar a cena rara movia nos de forma ate sincronizada, olhos presos ao céu, coração na boca.
Finalmente começou, em meio a aplausos e gritos de euforia, um casal da terceira idade despertou minha atenção.
Aparentando um pouco mais que 70 anos, a idosa debilitada sorria com os olhos presos ao céu, o senhor ao seu lado tinha nas mãos uma garrafa de soro que se ligava ao braço da frágil pequena que repousava em uma cadeira de rodas.
Com uma das mãos nos cabelos ralos agachou-se e a beijou de leve, após sussurrar algo impossível de se ouvir em meio aos gritos de felicidade, começou a empurrar a cadeira em direção a calçada; a passar por mim sem querer escutei ela a lhe dizer:
- Obrigada querido por esse último momento.
- Não precisa meu bem, era o mínimo que eu poderia fazer por você, que depois de todos esses anos continua a mulher doce que conheci na juventude.
De fato essa cena me sensibilizou a ponto de sentir lágrimas rolarem em minha face. Olhei para o céu, eu havia perdido o eclipse, porém tinha conseguido absorver e gravar na memória o mais belo e doce momento que já havia presenciado, o final feliz.
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Sozinha.
Anoiteceu, tão rápido que eu mal pude notar o crepúsculo que se estendeu atrás da minha janela fechada.
Nunca pensei que manda-lo embora traria tamanha escuridão para minha vida desinteressante, e o pior eu tenho medo de escuro.
A noite estava fria e desejava o seu corpo quente agora, beijando o meu cabelo vermelho, eu o queria de volta e isso era imperdoável, até pra mim mesma !
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Procurei em todos os lugares possíveis, não encontrei vestígios da minha amada, ela se foi, como das outras vezes abandonou-me.
No inicio ela era só mais uma, um rosto que eu provavelmente esqueceria em alguns meses, porém não foi assim.
Machuquei-a com minhas aventuras, com os meus beijos, com o meu desejo. Não à valorizava, seus sentimentos não me tocavam, despedacei seu coração, o coloquei no lugar e o arranquei novamente, sucessivamente por vários anos. Mesmo assim quando eu a procurava ela estava lá, sorrindo, sempre esteve pronta para satisfazer minhas vontades.
Ascendia meu cigarro, servia minha bebida, entregava-se pra mim, SEMPRE.
Com o tempo, tardio demais talvez, descobri algo nascendo em meu peito; era ela, sempre foi ela, a minha mulher, aquela que mesmo estando a todo momento nunca recebeu o amor que merecia.
Depois que a descobri dentro de mim contei-lhe, feliz agora por sentir o amor necessário para prender-me a alguém.
Ela riu, pegou seu casaco, levantou-se do sofá e disse :
- Sinto muito, game over pra você .
- Eu decido quando acaba o jogo.
- Então amor, divirta-se jogando sozinho.
Foi a última vez que nos vimos; não sei o seu telefone, seu endereço, a conhecia como Lú, nunca me interessei em conhecer um pouco mais sobre sua vida.
Sempre vou a praça que ela costumava estar, sentada em um banco escrevendo.
Sua vida era um mistério, e eu fui culpado por não tentar decifra-la.
Já se passaram meses, não sei ao certo quantos, eu comecei a escrever, transformando minha dor em poesias sem rimas, eu textos sem nexo.
Eu ainda a espero, na praça, no mesmo banco.
Mas ela nunca veio, e há quem diga que ela nunca virá.
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O meu grande amor.
Quem diria , um dia eu cheguei a pensar que sem você eu seria mais feliz .
E acabei me entregando a RAIVA de um relacionamento que nunca ia pra frente , que só me fazia chorar , que só me fazia sofrer .
Joguei tudo pra o alto , e tentei seguir minha vida ; tentava não pensar , mais era inevitável ; tudo me fazia lembrar os teus beijos, os teus abraços a tua voz!
Tentei por várias vezes te esquecer , procurando em outros braços o teu calor , o teu amor ; era uma total perda de tempo , nenhum desses braços conseguiu fazer com que eu me apaixonasse novamente . e essas aventuras , essas paixões de uma noite me faziam perceber cada vez mais o quanto eu te queria , o quanto eu ainda te amava .
O jeito , era fingir que tava TUDO bem , e que desse amor eu não lembrava mais...
Foram tantos vai e vem , vem e vai ; que as chances de dar certo de novo eram mínimas .
Ate que um dia o coração falou mais alto , e aquele garoto frio de antes mostra-me tudo aquilo que eu custava a acreditar ; ele estava amadurecendo , e aprendendo a lidar e admitir os erros do passado.
Era impossível resistir a tentação,
E novamente me entreguei , e em tuas mãos amor .
Porq eu sei que dessa vez é DIFERENTE !
(18.03.2009)
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Nunca será minha,
A pequena Rapunzel de cabelos negros e olhos escuros chamou minha atenção, a pele branca contrastava perfeitamente com o vestido vermelho que caia sobre as curvas suaves de uma silhueta magra, os cachos do cabelo longo jogados de leve sobre os ombros nus e pálidos balançavam-se com a brisa suave.
Ela não me notou, o livro que prendia sua atenção aparentava ser um romance antigo, as folhas amareladas e até muito frágeis, não consegui identificar o nome da obra, mas não me pareceu um romance sem contudo da atualidade.
A princesa contemporânea possuía uma beleza divina, angelical, porém seus olhos me demonstravam-me uma tristeza incompreensível para mim, um homem com idade para ser seu pai, um homem duro que não se sensibilizava, que nunca se permitiu amar, um homem como eu jamais conseguiria entender o que se passava em seu coração.
Por impulso me aproximei, sentei-me ao seu lado, não disse nada, só a olhei. Recolheu suas coisas e andou em direção contraria da qual eu havia vindo.
Eu queria confronta-la, mas não houve coragem o suficiente para chama-la, eu nem sabia o seu nome.
O mistério daquela garota me atormentou durante dias, mas o trabalho conseguiu apagar aquelas poucas lembranças; hoje alguns anos depois voltei a mesma praça, observei o banco envelhecido que a vi pela primeira e última vez, tentei lembrar-me do seu rosto e do que ela tinha de tão especial, infelizmente o tempo tornou em um vidro embaçado a minha memoria.
Eu não a veria novamente, perdi a oportunidade da minha vida, talvez por preconceito já que era muito velho para ela. Deixei o amor escorrer por entre meus dedos, e escorrer para os braços de outros homens, que diferentes de mim iram conquista-la.
A minha pequena nunca foi e nunca será minha.
E eu sempre serei bem sucedido e mal amado, até os meus últimos dias que estão demorando muito a chegar.
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Um dia você aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar. Portanto, plante seu jardim e decorre sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores.
(Willian Shakespeare)
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Eu escrevo ...
Escrevo só por sentir, pra entender, pra decifrar.
Eu escrevo por segredo, por amor.
Só por um pouco mais de desejo e fervor.
Escrevo por mim, por você.
Pra nós.
Escrevo por paixão, confição.
Pretendo gastar meu tempo com as palavras,
Que afagam e estragam ,
Sentimentos existentes ou inexistentes, depende de quem sente, e de como sente.
Eu escrevo , por quê ?
Não sei, pretendo continuar a escrever até descobrir.
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E a lágrima escorria mais uma vez naquele rosto branco como a neve, seu olhos estavam vermelhos, inchados, ela não conseguia manter sua respiração e soluçava involuntariamente. Tudo vinha a sua cabeça ao mesmo tempo: vozes, músicas, imagens ... tudo que ela não queria lembrar invadia sua mente e isso a desesperava. O que fazer ? como agir ? era como pular de um penhasco sem pára-quedas, era como cortar os próprios pulsos.
Nada era certo, mas também nada era errado. Uma total contradição, uma contradição sem fim .
Tudo parecia perdido, tudo estava perdido ; não havia sentido algum se maltratar daquela forma, não havia sentido manter tudo como estava.
Não dava mais pra ela, e não dava mesmo.
Levanta-se ainda trêmula e pega o telefone ; ela precisava falar com ele, ele tinha que escutar seu pranto, quem sabe assim alguma coisa mudava ? quem sabe assim ele não mudava ?
tremendo e ainda soluçando, já que tinha chorado por horas ; pega o celular e fica por alguns segundos olhando-o, não tinha muita coragem de dizer o que sentia, mas guardar isso tudo que a torturava era muito pior. Então ela liga, e ele atende. O dialogo foi o mais FRIO e RÁPIDO que já tiveram.
- que foi ?
- só queria te perguntar uma coisa, seja sincero.
- fala.
- você me ama de verdade ?
- amo.
- ah, era só isso mesmo.
- valeu.
Então desligam.
Isso a deixou muito pior do que já estava, porque ele foi tão frio ? Tão insensível
As dúvidas não passavam, e a incerteza de que não era a única só fez aumentar. Sua dor não passava, o nô na sua garganta não se desatava. ou ela era sensível demais ou a realidade não era muito doce .
Isso ninguem podia explicar, nem ao menos se arriscar a entender ; era mais complexo do que se imaginava. Nem ela sabia exatamente o que se passava dentro do seu coração.
Já era madrugada, a lua se despedia do céu. seu corpo já não suportava mais e ela acabara a pegar no sono.
O seu maior desejo ? NÃO ACORDAR NUNCA MAIS !
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